Coronavírus: Inquérito Epidemiológico de Joinville comprova importância de medidas restritivas e segue para segunda fase

Publicada em 27/08/2020 às 15:28
Relacionado a: Secretaria de Comunicação - SECOM, Unidade de Comunicação - SECOM.UCO

Os resultados da primeira fase do Inquérito Epidemiológico COVID-19 realizado em Joinville, iniciado em 15 de junho, foram apresentados pela Secretaria da Saúde.

Foram realizadas 6.901 entrevistas, 5.824 agendamentos e 4.411 testes, envolvendo todos os bairros da cidade. O desenho do estudo se baseou numa amostra representativa da população a cada semana, fazendo testes rápidos para detecção de anticorpos para COVID-19, nas 12 UBSFs e no Centro de Triagem. Para os agendamentos, foram envolvidos mais de 100 voluntários e estagiários de diversas universidades da região.

A observação da dinâmica da transmissão da doença em Joinville fez com que fossem tomadas medidas para evitar impactos maiores. Os Decretos 38.520, 38.777, 38.867, além do Decreto Estadual 724 e da Portaria 145, definiram a necessidade do isolamento domiciliar, circulação de pessoas, limitação de público em estabelecimentos, horários de funcionamento, entre outras restrições.

Utilizando as premissas do modelo epidemiológico tipo SIR, validado mundialmente, os gráficos do Inquérito revelaram que se fossem mantidas as condições de julho, e aquela velocidade de transmissão, haveria cerca de 1.200 óbitos até o final do ano, em Joinville. Enquanto isso, a curva do que está acontecendo é bem menor, com 237 óbitos até 26 de agosto.

As testagens chegaram bem próximo das metas determinadas. Os gráficos apresentaram a evolução dos casos a cada semana. Na primeira semana, em junho, apenas 1.4% da população havia sido exposta ao vírus. Isso se manteve baixo até a quarta semana, 2.62%, começando a aumentar a partir da quinta semana. Na primeira semana de agosto chegou a 13.38%, um aumento bastante expressivo, a partir da quinta semana de testagem, ainda assim menor, com as restrições feitas.

Durante o período do inquérito, foram monitorados também os comportamentos das pessoas: se estavam encontrando alguém fora do convívio do lar, saindo para trabalhar ou estudar, frequentando bares, restaurantes ou comércio, além do essencial, e saindo de casa sem máscara. Ocorreu uma redução significativa de pessoas saindo para fazer atividades, a partir da quarta semana, e foi observado poucas pessoas saindo sem máscara.

Um dado que chamou atenção é que entre as muitas pessoas que tiveram sintomas e tinham trabalho, é que elas não pararam de trabalhar, sendo que apenas 23% parou de ir ao trabalho.

Padrão de Sintomas

Para os que testaram positivo para COVID-19, 215 ao longo do inquérito, apenas 30% conseguiu relacionar a ter tido contato com pessoa com COVID-19 positivo, e 70% não soube responder de onde foi a transmissão.

Em Joinville, assim como em outros estudos também mostram, a perda do olfato é o sintoma mais sugestivo de COVID, ou perda do paladar. O padrão dos sintomas entre os moradores que testaram positivo foi: 60% com febre, sensação de febre, tosse, coriza, perda do olfato e do paladar. Outros sintomas foram 14%; e 26% ficaram assintomáticos. Foi registrado que 18% procurou atendimento médico.

Segunda fase com testes para assintomáticos

Concluída a primeira fase do inquérito epidemiológico, será iniciada uma segunda fase. Passarão a ser feitos testes rápidos em pacientes assintomáticos, por demanda espontânea e por agendamento por meio do site da prefeitura.

Todas as informações da Prefeitura de Joinville sobre Coronavírus estão disponíveis na página Coronavírus em Joinville.

Para orientações, dúvidas, reclamações, sugestões ou elogios, faça contato com a nossa Ouvidoria.

Para Pedido de Informação segundo a Lei nº 12.527/2011, utilize este serviço.

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