Carta de Serviço publicada conforme Processo SEI nº 25.0.059078-4, em atendimento à Lei nº 13.460/2017. Última atualização: 13/06/2025 às 13:43.
O que é?
Este conteúdo orienta sobre como fazer compostagem, um processo biológico de decomposição de matéria orgânica, como restos de alimentos, folhagens, gravetos e outros resíduos biodegradáveis. A compostagem é uma prática simples e eficiente que contribui para a saúde do meio ambiente.
Por meio da ação de micro-organismos, como bactérias e fungos, esses materiais se transformam em um material rico em nutrientes, conhecido como composto. Esse composto pode ser utilizado como adubo natural para enriquecer o solo, melhorar a fertilidade das plantas e promover a sustentabilidade, reduzindo a quantidade de resíduos enviados para o aterro sanitário.
Compostagem municipal
Acesse este link e saiba a quantidade de resíduos compostados no Município de Joinville (dados atualizados até abril/2025).
Quem pode fazer?
Qualquer pessoa pode fazer compostagem. Isto inclui:
- Residências: famílias e indivíduos em casa podem criar compostagem utilizando restos de alimentos, como cascas de frutas e vegetais, além de resíduos do jardim, como folhas secas e aparas de grama.
- Empresas: restaurantes, cafeterias, mercados e outros estabelecimentos que geram grande quantidade de resíduos orgânicos podem implementar sistemas de compostagem para gerenciar seus resíduos de maneira sustentável.
- Escolas e instituições: muitas escolas adotam programas de compostagem como parte da educação ambiental, envolvendo alunos na prática e conscientizando sobre a importância da redução de resíduos.
- Comunidades: grupos comunitários e condomínios podem estabelecer composteiras coletivas, onde os moradores contribuem com seus resíduos orgânicos e se beneficiam do composto gerado.
Além disso, até mesmo organizações e fazendas podem utilizar a compostagem para gerenciar sua biomassa e melhorar a qualidade do solo. A prática é acessível e benéfica para todos.
Onde e quando fazer?
1) Onde fazer compostagem
- Em casa: você pode fazer compostagem no quintal, jardim ou até mesmo em apartamentos utilizando composteiras internas, como minhocários ou composteiras de balcão. É importante escolher um local bem arejado e, se possível, protegido da chuva direta.
- Espaços comunitários: algumas comunidades ou bairros possuem composteiras coletivas como, por exemplo, hortas comunitárias, onde os moradores podem depositar seus resíduos orgânicos. Esses locais são ideais para quem não tem espaço em casa ou não possui tempo para se dedicar à compostagem, porém quer contribuir com este processo.
- Escolas e instituições: muitas escolas têm áreas designadas para compostagem, onde alunos e funcionários colaboram para gerenciar os resíduos produzidos pela instituição.
- Fazendas e sítios: em ambientes rurais, a compostagem pode ser feita em grande escala, utilizando resíduos de culturas para gerar um composto rico em nutrientes para o solo.
2) Quando fazer compostagem
A compostagem pode ser feita a qualquer momento do ano, mas alguns fatores podem influenciar:
- Durante o ano todo: resíduos orgânicos, como cascas de frutas e vegetais, podem ser adicionados à composteira sempre que estiverem disponíveis. A compostagem em si é um processo contínuo.
- Clima: em locais mais quentes, a atividade microbiana é mais intensa, acelerando o processo de decomposição. No entanto, mesmo em climas mais frios, a compostagem pode ser realizada, embora possa demorar um pouco mais para o composto estar finalizado para a utilização.
Como fazer?
Fazer compostagem é um processo relativamente simples. Seguindo alguns passos básicos para iniciar a sua própria composteira:
1) Escolha um local
- Externo: se você tem um jardim, escolha um local bem drenado, que receba sol ao longo do dia.
- Interno: para apartamentos, considere usar composteiras que podem ser mantidos em cozinhas ou áreas de serviço.
2) Selecione um recipiente
- Composteira pronta: você pode comprar composteiras de plástico ou madeira.
- Fazendo em casa: você pode improvisar um recipiente com paletes de madeira, caixas plásticas, tambores ou diretamente no solo. Se estiver usando um balde ou recipiente fechado, certifique-se de que ele tenha ventilação adequada.
3) Comece a adicionar materiais
- Resíduos “verdes” (ricos em nitrogênio): restos de frutas e vegetais, borra de café, aparas de grama, legumes e restos de plantas.
- Resíduos “marrons” (ricos em carbono): folhas secas, papel picado (sem tinta), palha, serragem e galhos pequenos.
- Use uma proporção de 2 a 3 partes de materiais marrons para 1 parte de materiais verdes. Isso ajuda a equilibrar o carbono e o nitrogênio, acelerando a decomposição.
4) Mantenha a compostagem
- Misture: para o caso da compostagem no formato de leira, revolva os materiais a cada duas semanas para arejar a mistura e acelerar o processo de decomposição. No caso de composteiras prontas, apenas vá formando as camadas conforme as proporções de resíduos “verdes” e “marrons” até completar o recipiente.
- Umidade: A mistura deve estar úmida, mas não encharcada. Você pode borrifar água ou adicionar materiais úmidos se o material estiver muito seco. Caso contrário (material muito úmido), adicionar materiais verdes para o composto entrar em equilíbrio.
5) Faça o monitoramento
Os métodos de compostagem não precisam de muitos equipamentos caros ou tecnologia avançada, mas é essencial entender como o processo ecológico funciona. É importante também saber como avaliar e cuidar das pilhas de compostagem para garantir que elas estejam saudáveis e em equilíbrio. Caso sua composteira ou sua pilha (leira) esteja com algum problema, pode-se seguir estas recomendações:
Problema |
Causa provável |
Solução |
Processo lento
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Muita matéria seca |
Adicionar material verde, adicionar água e revirar pilha |
Materiais muito grandes |
Cortar os materiais em pedaços pequenos e revirar a pilha |
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Leira muito larga e sem aeração |
Construir leiras de no máximo 2 metros de largura e fazer uma boa cama de galhos no fundo |
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Cheiro de podre e/ou presença de larvas
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Umidade excessiva e/ou compactação |
Adicionar material seco (folhas, palhada ou pó de serra) e revirar a pilha |
Leira muito larga e sem aeração |
Construir leiras de no máximo 2 metros de largura e fazer uma boa cama de galhos no fundo |
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Cheiro de amônia |
Material muito úmido |
Adicionar material seco (folhas, palhada ou pó de serra) e revirar a pilha |
Aparecimento de animais e pragas |
Restos de comida descobertos, tais como carnes, peixes, laticínios e gorduras |
Retirar os restos ou cobri-los bem com folhas e material seco |
Baixa temperatura (não chega a aquecer
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Pilha muito pequena |
Aumentar o tamanho da pilha adicionando mais material verde e matéria seca |
Falta de material úmido |
Adicionar material verde e restos de comida |
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Umidade insuficiente |
Adicionar água |
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Arejamento insuficiente |
Revirar pilha |
6) Coleta do composto
- Tempo: o processo de compostagem pode levar de algumas semanas a alguns meses, dependendo das condições, dos materiais utilizados e da frequência com que você mistura a pilha.
- Quando está pronto: o composto estará pronto quando você não conseguir identificar mais os materiais originais e a cor for escura, semelhante ao solo.
7) Uso
Use o composto final como adubo natural em jardins, vasos de plantas ou para melhorar a qualidade do solo.
8) Dúvidas
Se este material não sanou suas dúvidas entre em contato:
- Telefone: (47) 3481-5215
- WhatsApp: (47) 98808-8357
- E-mail: sama.uga.ars@joinville.sc.gov.br
Quanto custa?
O custo pode variar dependendo do tipo de compostagem que será implantado.
Quanto tempo leva?
Entre 2 e 6 meses para que o composto esteja pronto, dependendo das condições e métodos utilizados. Monitorar a pilha de compostagem e ajustar os ingredientes ao longo do processo pode ajudar a otimizar o tempo de decomposição.
Sobre estas informações
Unidade(s) responsável(is)
- Unidade de Desenvolvimento de Gestão Ambiental – SAMA.UGA
- Unidade de Limpeza Urbana – SEINFRA. ULU
- Unidade de Desenvolvimento Rural – SDE.UDR
A unidade é responsável por estas informações e pelo monitoramento da política no território municipal. Não têm responsabilidade por procedimentos, custos, prazos ou outros aspectos relacionados aos estabelecimentos que praticam este processo .
Atos regulamentadores
- Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB
- Politica Municipal de Resíduos sólidos
- Plano Nacional de resíduos Sólido
Manifestar-se
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