Seminário do Museu Nacional de Joinville discutiu memória dos povos originários

Publicada em 26/05/2023 às 14:38
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A garantia da memória dos povos originários foi tema de debate e reflexão no 3º Seminário do Museu Nacional de Imigração e Colonização, evento que fechou a 21ª Semana Nacional dos Museus em Joinville.

Durante dois dias, coordenadores de museus e de outros espaços de memória e de arte de Santa Catarina reuniram-se com lideranças indígenas da região Sul; representantes do poder público, como Funai e Ministério Público; e entidades não governamentais, como Conselho Indigenista Missionário e Pastoral Indigenista; para discutir os direitos da população nativa, em especial os relacionados à história e aos aspectos culturais de cada etnia. O evento ocorreu na Estação de Cidadania e Cultura CEU do Aventureiro.

O destaque da programação foi a participação da Coordenadora Geral de Políticas Culturais do Ministério dos Povos Indígenas, Chirley Pankará. Ela palestrou na conferência de abertura, que teve como tema “Direito à Memória dos Povos Originários”, e assistiu aos painéis e relatos de experiências durante a quarta-feira.

“Foi um evento muito especial. A forma de estruturação dele, de trazer os indígenas, os órgãos governamentais e a sociedade civil, foi muito bem pensada. Você tinha aqui pessoas com sonhos e demandas e do outro lado as pessoas que precisam ouvi-las, inclusive eu. Foi com muito prazer que eu vim para participar de uma mesa para explicar o que é o Ministério dos Povos Indígenas”, destaca Chirley Pankará.

No total, cerca de 250 pessoas participaram dos dois dias do seminário. De acordo com a coordenadora do Museu Nacional de Joinville, Elaine Machado, a terceira edição do seminário contou com uma resposta positiva dos gestores de museus do Estado e reafirmou o papel da unidade como uma referência no campo museal catarinense.

“Assuntos como a história dos povos nativos são experiências que podem ser vistas basicamente em museus de arqueologia ou nos museus indígenas. Trazer este tema para um museu histórico foi uma inovação. E o mais gratificante foi ouvir dos indígenas que participaram que pela primeira vez eles foram chamados para ser ouvidos, que também puderam ter voz”, afirma Elaine Machado.

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