Nesta segunda-feira (21) a Prefeitura de Joinville e o Governo Federal inauguraram a obra de restauro do Museu Nacional de Imigração e Colonização (MNIC) de Joinville.
“Agora, com a revitalização, ele ficou ainda mais bonito e cuidado! Temos um novo anexo para manter o acervo em segurança, espaço climatizado e moderno. E o que o joinvilense muito ganha é o paisagismo refeito, que pode ser usado como parque no Centro da cidade. Um espaço para vir com a família, que não seja só para visitar a exposição interna, mas aproveitar o entorno do museu”, destaca o prefeito Adriano Silva.
Durante a cerimônia, diversas apresentações culturais representaram o processo de imigração e colonização. O evento teve a apresentação do professor da Escola de Música Villa-Lobos da Casa da Cultura, Lausivan Correa, a tradição germânica preservada pelos alunos da Escola de Bandoneon de Joinville, o talento dos bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e a representatividade da cultura afro-brasileira pelo grupo Afoxé Omilodê.
De acordo com o secretário de Cultura e Turismo de Joinville, Guilherme Gassenferth, o momento esperado de abertura dos portões de um dos principais pontos turísticos e culturais do Estado chegou.
“Estávamos tão ansiosos quanto o público para esse encontro com o museu. Em nenhum momento se deixou de pensar e planejar as ações. Durante todo o tempo atuamos para trazer de volta ao público o melhor que podemos oferecer”, afirma Guilherme.
As obras de restauração do casarão histórico foram custeadas pelo Fundo dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça, com intermediação do Iphan e contou com um investimento superior a R$ 3 milhões. O processo de restauro foi acompanhado pela Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Joinville (Secult).
As obras, que iniciaram em 2019, incluíram a revisão estrutural do palacete, novos sistemas elétrico, sanitário e contra incêndio, realocação de banheiros e melhorias na acessibilidade. Os jardins receberam drenagem e novo paisagismo. O financiamento ainda contempla a construção de um prédio aos fundos do terreno, denominado de anexo, que abrigará parte do acervo do museu e também a área administrativa.
“A importância deste museu é inegável para a história do nosso país todo, como a história da imigração e da colonização. Ele tem aqui grandes peças, obras de arte disponíveis para a população do país, não só de Joinville. É um equipamento turístico cultural para todos os brasileiros. O Governo Federal tem investido muito no patrimônio cultural e cada vez mais na restauração e também no estímulo à boa ocupação desses imóveis, como é o caso do museu, para assim garantir a manutenção e gestão sustentável do bem e apropriação da história envolvendo a comunidade”, pontua Larissa Peixoto, presidente do Iphan.
Exposição: Frações do Porvir
Na exposição “Frações do porvir: perspectivas sobre o projeto de colonização” o visitante encontra, nas quatro salas que compõem o piso térreo do museu, elementos que contextualizam a história da imigração em Joinville e no sul do país. A exposição contempla nove módulos, compostos por painéis com textos e imagens, vitrinas com documentos, objetos e artefatos do acervo do museu, além elementos como quadros e monóculos.
Segundo Roberta Meyer, gerente da unidade de Patrimônio e Museus da Secult, a intenção é que a exposição fique no espaço até o momento de trocar pela exposição de longa duração, que está sendo preparada e ocupará todo o prédio mais a parte do anexo.
“Nomeamos essa exposição de Frações do Porvir fazendo uma alusão poética com a Miradas do Porvir, que virá em seguida. Tentamos justamente colocar algumas das linhas que serão apresentadas na próxima exposição para os visitantes se ambientarem com os temas e linguagens”, aponta Roberta.
A exposição ficará aberta de terça a domingo, das 10h às 16h. Agendamento para grupos poderá ser feito pelo e-mail educativo.mnic@joinville.sc.gov.br. A entrada é gratuita.