Joinville homenageia memória dos primeiros imigrantes no dia em que a cidade comemora 173 anos

Publicada em 11/03/2024 às 08:02
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As comemorações no dia do aniversário de Joinville começaram com a tradicional Homenagem aos Imigrantes, no Cemitério do Imigrante. Autoridades, descendentes dos primeiros imigrantes, representantes da Sociedade Cultural Alemã e a comunidade prestigiaram a cerimônia que, neste ano, homenageou Hermann Friedrich Wetzel, filho do casal de imigrantes alemães Friedrich Loius Wetzel e Emma Frederike Rauter.

O início do discurso do prefeito Adriano Silva foi em alemão, uma maneira de homenagear os 200 anos da imigração alemã no Brasil, celebrada em 2024.

“É muito importante nós sempre valorizarmos de onde nós viemos. Os imigrantes trouxeram com eles o empreendedorismo, fizeram com que essa cidade iniciasse de uma forma diferente e gerasse tantas oportunidades. A grande maioria das famílias que estão representadas aqui no Cemitério do Imigrante tem uma participação muito ativa na sociedade joinvilense, seja na construção de empresas, nas artes, cultura e na educação”, afirma o prefeito.

Suzana Bender, que é neta da Erna Wetzel, bisneta de Germano Wetzel e trineta do imigrante Friedrich Louis Wetzel falou em nome da família.

“Nos sentimos muito honrados com essa homenagem. A família Wetzel contribuiu para o desenvolvimento econômico, cultural e nas artes. O reconhecimento do legado da família Wetzel, assim como o legado das outras famílias que vieram para Joinville é importante para motivar os mais jovens a continuar com o espírito comunitário para desenvolver a cidade em todas as áreas”, diz Suzana.

Durante a cerimônia, o presidente de honra da Sociedade Cultural Alemã de Joinville, Carlos Adauto Virmond Vieira, lembrou que os imigrantes que aqui chegaram encontraram dificuldades para se estabelecer, mas que foi com determinação que deram início à construção da cidade que temos atualmente.

“É muito comum que se imagine os colonizadores como heróis, aventureiros. Mas a história revela uma realidade muito diferente. Os colonizadores, por razões políticas, religiosas e econômicas foram obrigados a fugir da Europa. Abandonar suas casas e famílias. Os imigrantes são, na verdade, refugiados, palavra muito moderna hoje em dia. Nós somos descendentes de refugiados que não tiveram outra opção senão partir em direção ao desconhecido”, afirmou Carlos Adauto durante seu discurso.

O Quinteto Contrapunto, coordenado por Vera Zen Zucco, encantou o público com apresentações musicais. Ao fim da cerimônia, o prefeito Adriano Silva, a vice-prefeita Rejane Gambin, acompanhados dos familiares do homenageado, depositaram flores no jazigo, uma referência a importância e contribuição que cada um dos primeiros imigrantes deram na construção de Joinville.

Sobre o homenageado

Friedrich Loius Wetzel e Emma Frederike Rauter chegaram em Joinville em 1856 e se estabeleceram na região do Anaburgo, onde atualmente é o bairro Vila Nova. Uma das maneiras da família aumentar a renda era produzindo e vendendo sabão e velas.

Hermann Friedrich Wetzel era um dos dez filhos do casal e nasceu em Joinville. Hermann casou-se com Marie Jenny Bertha Isensee. Como ao longo dos anos as palavras foram sendo adaptadas do idioma alemão para a língua portuguesa, os nomes de batismo de Hermann e Marie também mudaram, passando a se chamar Germano e Maria.

Com a morte do pai, em 1918, Germano assumiu a direção da pequena indústria denominada Germano Wetzel & Cia. Visando o crescimento e melhoria dos produtos para serem aceitos no mercado nacional, em 1926, foi erguida uma chaminé com 51 metros de altura, que é preservada até os dias de hoje.

Germano faleceu em 1932, aos 59 anos. Com a sua morte, a empresa que presidiu foi incorporada à Metalúrgica Wetzel & Cia. A família teve papel importante tanto no desenvolvimento econômico, mas também social e cultural de Joinville.

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