Animais de médio e grande porte são a maioria à espera de um lar no CBEA de Joinville

Publicada em 17/12/2025 às 11:14
Relacionado a: Unidade de Bem-estar e Proteção Animal - SAMA.UBE, Secretaria de Meio Ambiente - SAMA

Ao adotar um animal de estimação, o tutor tem benefícios como diminuição do estresse e da solidão, além de um estilo de vida mais ativo. Mas muito mais do que isso, o tutor ganha um amigo, um companheiro e proporciona um lar para um animal que pode ter enfrentado momentos difíceis.

O trabalho do Centro de Bem-Estar Animal (CBEA), da Prefeitura de Joinville, é resgatar e tratar cães e gatos que foram vítimas de maus-tratos, feridos, atropelados ou doentes. No CBEA, esses animais recebem tratamento médico-veterinário, mas o acolhimento é temporário porque a equipe precisa cuidar de outros bichinhos que chegam. Por isso, o animal que está curado precisa de um lar definitivo.

A Paçoca é um exemplo de pitbull que passou pelo CBEA e hoje vive em um apartamento no Centro de Joinville. “Adotamos a Paçoca há mais de um ano. Naquele momento não estávamos procurando um cachorro, mas fui gostando da ideia e falei com meu marido. Só pelas fotos dela já nos apaixonamos e marcamos de conhecê-la aqui em casa”, conta a professora Ana Alves, tutora da Paçoca.

A maior parte dos animais resgatados e tratados no CBEA e que estão à espera de um novo lar são de médio e grande porte. Normalmente, eles ficam por um longo período esperando uma adoção.

“Os de médio e grande porte ficam por um tempo bem longo porque as pessoas buscam filhotes menores. Nosso apelo é que as pessoas busquem também os animais de médio e grande porte porque eles podem levar felicidade para a família, eles têm muita energia, basta ter um local adequado”, afirma a gerente do Centro de Bem-Estar Animal, Elisabet de Souza Mendes.

Hoje são cerca de 130 animais no CBEA. “Alguns já estão em vias de receber alta nas clínicas e a grande maioria deles, cerca de 80%, são animais de médio e grande porte”, diz Elisabet.

“Normalmente, os cães grandes são menos medrosos e mais confiantes. Isso facilita o manejo, no passeio e na interação com eles. Não se olha um cão pelo tamanho, se olha pelo comportamento. Às vezes, pega um pequenininho que dá muito mais trabalho do que um grande que é um cão que dorme o dia inteiro, é comportado, um cão que vai ficar do teu lado”, explica Fábio Silvério, coordenador da Clinicão, empresa que presta serviços para o CBEA.

“A gente pede que as pessoas não tenham receio com os animais maiores. Aqui, eles recebem treinamento, são socializados e ficam prontos para ir para a sua casa”, diz Elisabet.

Foi exatamente o que ocorreu com a Paçoca. “O pessoal do CBEA a trouxe aqui para vermos se iríamos nos adaptar, pois era um desafio ter um pitbull em um apartamento. Mas assim que ela chegou já deitou na sala e mostrou que estava super confortável. O Fábio nos deu várias dicas de como guiar e cuidar dela, foram muito atenciosos nesse processo”, conta a tutora.

Animais recebem treinamento

Além de receber orientações sobre o comportamento do animal, a equipe do CBEA recomenda que a família que vai adotar um cão de grande porte tenha um espaço adequado, que possa acomodar esse animal de forma que ele fique bem, que não fuja, que não pule o muro, que não cause problemas com os vizinhos.

“Sempre que alguém procura o CBEA para fazer uma adoção, a gente faz uma socialização com essa família que vai entender como é o temperamento desse animal. A família pode ficar alguns dias com ele”, explica a gerente.

Com o treinamento feito pelo CBEA, o cão aprende a passear de guia, sabe se comportar em um carro, por exemplo, e também sabe onde fazer as necessidades.

Adoção de pitbulls

Muitos dos cães de grande porte à espera de um novo lar no CBEA são pitbulls, uma raça que representa mais demanda devido ao abandono, atropelamento e maus-tratos.

“Apesar de ser grande, ele é um cão muito bom para se ter como companheiro. Eles são obedientes, são carinhosos, gostam de dormir do lado, gostam de assistir TV com a gente. Temos alguns casos que foram para a casa ou apartamento e os adotantes estão contentes com esse convívio”, conta Fábio.

“Tem animais que podem ficar circulando dentro de um pátio que não vão pular, mas tem animais que necessitam de um canil um pouco mais reforçado, é o caso dos pitbulls, que podem ser adotados desde que adaptados e com ambiente seguro”, reforça Elisabet.

Adoção responsável

Quem adota, tem que se comprometer em manter o bichinho em condições de bem-estar durante sua vida, proporcionar um ambiente seguro, limpo, com água e comida. Quem decide pela guarda responsável, deve seguir princípios básicos de cuidados que vão da saúde física, mental, higiene, vacinação, além de atenção e muito carinho.

Os interessados em adotar um dos animais atendidos pelo CBEA precisam apresentar documentos de identificação pessoal (RG e CPF) e comprovante de residência. É possível ver alguns dos animais disponíveis para adoção pelo Aplicativo Joinville Fácil, ou na Feira Virtual Adote um Amigo. Por ali, o adotante indica que tem interesse e depois a equipe do CBEA faz contato para iniciar o trâmite.

“Durante esse período de fim de ano, nós estamos com os serviços do CBEA operando normalmente, inclusive com as adoções. Apenas nos dias 24, 25, 31 de dezembro e 1º de janeiro vamos trabalhar em esquema de plantão, atendendo apenas emergências”, informa Elisabet.

As atividades do Centro de Bem-Estar Animal são operacionalizadas pela clínica veterinária Clinicão, que presta serviços veterinários, além de atividades como transporte, plantão e manejo dos animais.

Cachorra marrom com peito e parte da pata em branco está deitada em canteiro de flores
Paçoca passou pelo CBEA e hoje vive em um apartamento

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