Joinville participa de reunião da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos e entrega demandas para mitigar efeitos do tarifaço dos EUA ao vice-presidente da República

Publicada em 07/08/2025 às 17:45
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O secretário da Fazenda da Prefeitura de Joinville, Fernando Bade, representou o município em uma reunião da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços na tarde de quarta-feira (6), em Brasília.

No encontro, os prefeitos apresentaram medidas urgentes esperadas do Governo Federal para mitigar impactos decorrentes do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Realizamos um estudo de como as medidas poderiam impactar nossa cidade e fizemos contato com as principais empresas exportadoras para entender com mais detalhes os efeitos destas medidas. A partir disso, estamos levando nossos pleitos para buscar que as negociações em busca de redução das taxas possam ser alteradas ou que ações compensatórias sejam adotadas pelo Governo Federal, garantindo a manutenção ao máximo a geração de emprego e renda na cidade”, afirma o secretário da Fazenda Fernando Bade.

Durante a reunião, Bade, que desde o anúncio do aumento das tarifas, está em contato com as indústrias de Joinville em trabalho conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, apresentou demandas relevantes para reduzir o impacto das medidas em Joinville, cidade que destina 20% de suas exportações para os EUA. As maiores exportadores da cidade para o país fornecem componentes automotivos (blocos de motores e peças) para a linha média/pesada e compressores.

Diante disto, o principal pleito levado por Joinville para o encontro foi a inclusão dos produtos automotivos de linha média/pesada na lista de exceções que já contemplou a linha leve. Também foi demandado que o Governo Federal incluir estes produtos na lista de exceções ou conceder 90 dias de prazo para seguir nas negociações.

Ainda na lista de demandas, a partir de conversas com as indústrias plásticas, Joinville reforçou que o principal pleito é a não adoção de medidas de retaliação e também a inclusão do setor nas políticas internas aplicadas como apoio a empresas impactadas. Pois, barreiras tarifárias como medida de retaliação, não só aumentariam o risco de escalada da guerra tarifária, como impactariam diretamente a indústria local com aumento dos insumos e preço do produto final.

Caso não tenha sucesso, o pleito é de que o Governo Federal forneça ações compensatórias temporárias pelo menos durante o prazo de negociações, como a retomada do REINTEGRA, desoneração imediata da folha de pagamento para setores exportadores intensivos em mão de obra e instituir Linha de Crédito Especial Subsidiada para incentivar exportações ao mercado norte-americano.

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