Saúde de Joinville cria o Monitora Dengue, plano que direciona e acompanha pacientes diagnosticados com a doença

Publicada em 15/03/2023 às 08:43
Relacionado a: Secretaria da Saúde - SES

A Secretaria da Saúde da Prefeitura de Joinville colocou em prática, neste mês de março, o Monitora Dengue. A ação consiste num plano de direcionamento na rede pública de saúde para os pacientes com dengue. O Monitora Dengue também conta com uma central de teleatendimento para acompanhamento de pessoas com doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Em qualquer unidade de saúde municipal, os pacientes com sintomas de dengue são classificados em quatro grupos, conforme a gravidade do caso, e encaminhados para o tratamento adequado. A divisão vai de A a D, sendo D o mais grave e A o menos grave, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde.

“O paciente classificado como A vai ser atendido nas UBSFs. Os do grupo B vão ser encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), onde precisam fazer hemograma e permanecer em acompanhamento. Para isso, o serviço de exame de hemograma foi reforçado no Laboratório Municipal, para dar conta dessa demanda das UPAs com a rapidez necessária para avançarmos no atendimento ao paciente com dengue”, explica o secretário de Saúde de Joinville, Andrei Kolaceke.

Nas UPAs, a Secretaria da Saúde designou servidores que ficarão responsáveis por acompanhar os pacientes com dengue, durante os procedimentos clínicos nas unidades. São os guias de atendimento seguro.

A Prefeitura também realizou uma grande capacitação da rede municipal de saúde. Os médicos e enfermeiros (334 profissionais) foram capacitados para o manejo do paciente com dengue. Outra ação foi o reforço das escalas médicas das UPAs, com a convocação de 25 médicos, via processo seletivo.

O Monitora Dengue também oferece um serviço de teleatendimento, com uma equipe de 11 profissionais. Este grupo faz o acompanhamento remoto dos pacientes do grupo B.

“Neste grupo, são casos que não são graves, mas são pacientes que possuem comorbidades com risco de agravamento. No caso de algum sinal ou sintoma de agravamento, o profissional já dá para o paciente, de forma remota, o direcionamento adequado dentro da rede de saúde”, informa o secretário de Saúde de Joinville, Andrei Kolaceke.

Os casos mais graves, de pacientes classificados como C e D normalmente necessitam de atendimento em hospital.

Aumento no número de focos

De acordo com estudo mais recente do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa), concluído neste mês, Joinville está em situação de alto risco para transmissão de dengue, febre chikungunya e zika vírus. Nesta edição do Liraa, foram realizadas 5.684 inspeções em imóveis e identificados 553 focos do mosquito Aedes aegypti. No Liraa de março de 2022, foram encontrados 450 focos.

O estudo é feito pela Secretaria da Saúde e enviado para o Ministério da Saúde. Segundo o secretário da Saúde de Joinville, Andrei Kolaceke, o resultado do Liraa de março causa bastante preocupação.

“Ele revela um agravamento no número de focos do Aedes aegypti que temos na cidade. Esses focos estão concentrados prioritariamente nas residências, como já visto nas edições anteriores do estudo. Isso indica a necessidade que todas as pessoas colaborem para eliminar esses focos nas residências, verificando qualquer depósito de água parada que sirva de criadouro para o mosquito”, aponta o secretário de Saúde.

A equipe da Vigilância Ambiental de Joinville mantém as estratégias de combate e eliminação dos possíveis criadouros do mosquito, com ações educativas em residências e empresas, além do trabalho nas ruas de fiscalização em áreas previamente mapeadas.

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