Alunos da Escola Municipal Anna Maria Harger, no Guanabara, receberam o Festival Itinerante Paradesportivo, realizado pela Secretaria de Esportes (Sesporte) da Prefeitura de Joinville.
O projeto leva às escolas vivências paradesportivas, palestras e atividades em modalidades adaptadas como basquete em cadeira de rodas, bocha paralímpica, judô para cego, vôlei sentado, tênis de mesa sentado e em cadeiras de rodas e atletismo. Os alunos recebem orientações sobre os esportes e principalmente sobre inclusão.
“O intuito do projeto é levar para as escolas a inclusão de uma forma mais leve. O esporte é causador da inclusão. Levamos para as escolas formas de incluir, fazendo com que as crianças consigam entender a diferença do outro. Nas palestras, falamos que a gente deve tratar todos com respeito e empatia, sempre nos colocando no lugar do outro, entendendo as diferenças”, explica a coordenadora do Paradesporto da Secretaria de Esportes, Rosicler Ravache.
O Festival Itinerante Paradesportivo da Secretaria de Esportes de Joinville passou por 26 escolas desde que foi implantado, em 2021. Pelo projeto, passaram 12,7 mil alunos, entre eles 1 mil com deficiência.
Professores de educação física, diretores, coordenadores e professores de outras áreas também recebem orientações. O projeto já levou palestras para 1,3 mil professores.
Na Escola Anna Maria Harger, a atividade teve a participação especial dos paratletas Dario Schulz, Aldo Pavesi e Daniel Ribeiro, jogadores do time joinvilense Raposas do Sul, do Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE). Dario integra a Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas.
Os alunos que participavam da atividade, de jogar uma partida de basquete nas cadeiras adaptadas, saiam impactados no final. Foi o caso de Isabelli Carolina Santos, de 14 anos. “Foi um dia muito diferente. Ver esses atletas nas cadeiras de rodas, a gente percebe o quanto a gente pode, o quanto a força de vontade chega longe. É incrível ver a força que essas pessoas têm”, diz Isabelli.
Para a professora de Educação Física, Daniely Brittes, que já passou por formações com a equipe paradesportiva da Sesporte, a aula foi de empatia e respeito.
“Essas experiências nos fortalecem. Para que nós professores possamos proporcionar aos alunos novas experiências, para que saiam da caixinha do eu não consigo, eu não posso. É muito gratificante trazer o projeto para a escola. A gente sabe quantas possibilidades as pessoas têm de enfrentar desafios com o esporte que ajuda a ter uma melhor qualidade de vida”, afirma Daniely.