Com o propósito de prevenção, a Secretaria da Saúde de Joinville orienta sobre os cuidados necessários com a esporotricose, uma micose que pode afetar tanto humanos quanto animais, principalmente gatos, devido aos hábitos dos felinos.
A esporotricose é um fungo presente naturalmente no meio ambiente, principalmente no solo, materiais orgânicos e em decomposição, árvores e vegetação em geral. A contaminação ocorre por meio do fungo Sporothrix, que entra na pele por feridas abertas, machucados ou arranhões feitos por animais infectados, principalmente gatos. A infecção fúngica causa lesões na pele, úlceras e feridas, e necessita de tratamento médico.
Por também estar relacionada aos hábitos das atividades de floricultura, horticultura e jardinagem, a doença é popularmente conhecida como “doença do jardineiro” e “doença dos floristas”.
A Saúde orienta que, em caso de suspeita de esporotricose humana, a população deve procurar uma unidade de saúde, para orientação e tratamento.
Devido ao hábito de afiarem as unhas em árvores, cavarem a terra e realizarem passeios noturnos, os gatos são os animais com maior incidência da doença, mas ela também pode surgir em outras espécies domésticas, como cães.
Em Joinville, os primeiros casos de esporotricose em gatos foram registrados em 2022 pela Vigilância Ambiental, que em conjunto com a Vigilância Epidemiológica têm atuado periodicamente na orientação da população sobre os cuidados e a prevenção.
“Os tutores de animais ou pessoas que encontrarem animais de rua com a suspeita da doença devem buscar atendimento veterinário o mais rápido possível para o tratamento adequado. É recomendado o isolamento do animal durante o tratamento até a cura”, orienta Aline Berkenbrock, diretora executiva de Políticas de Saúde da Secretaria de Saúde de Joinville.
“É preciso lembrar que estes animais também são vítimas dessa doença, com possibilidade de tratamento e cura na maioria dos casos. O abandono pode causar a disseminação da doença na comunidade”, complementa.
A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria da Saúde, realiza o recolhimento de animais de rua com a doença, para isolamento e tratamento. Em caso de dúvidas ou para informar sobre um animal infectado, entre em contato pelo e-mail: notificazoonosesjlle@gmail.com.
Recomendações de prevenção da esporotricose
– Utilize luvas e blusas de manga longa para tarefas de jardinagem ou outras atividades manuais no solo. Caso necessário, use calçados fechados.
– Se for arranhado ou mordido por um animal doente ou com suspeita, lave o local do ferimento com água e sabão, várias vezes, e em seguida procure atendimento médico.
– Ao manipular animais doentes, seja você o dono do animal ou médico veterinário, utilize equipamentos de proteção individual (EPIs).
– Animais com suspeita de contaminação devem ser isolados em local seguro, o ambiente precisa ser limpo e desinfectado.
– Se o seu animal de estimação for diagnosticado com a doença, não o maltrate, abandone ou sacrifique. O correto é procurar atendimento veterinário, seguir o tratamento e as orientações de higiene.