Novo acelerador linear dobra capacidade de atendimento para pacientes que necessitam de radioterapia

Publicada em 03/10/2023 às 18:47
Relacionado a: Hospital Municipal São José - HMSJ

A Prefeitura de Joinville realizou nesta terça-feira (3) o evento de entrega do segundo acelerador linear no setor de radioterapia do Hospital Municipal São José (HMSJ). O equipamento é capaz de realizar um tratamento considerado de alta qualidade para diversos tipos de câncer e que vai dobrar a capacidade de atendimento.

O novo equipamento de radioterapia é chamado de acelerador linear Vital Beam, da Varian. O primeiro, nos mesmos moldes, foi inaugurado em dezembro do ano passado e já está em funcionamento.

“Esse é mais um investimento importante aqui na radioterapia do Hospital São José. Nós já temos um equipamento de ponta instalado aqui e agora, com mais esse, vamos dobrar o número de atendimentos de radioterapia em Joinville. Fazendo com que o paciente tenha o que há de melhor no mercado em termos de tecnologia, para ter precisão no tratamento de radioterapia”, afirma o prefeito de Joinville, Adriano Silva.

A tecnologia considerada de ponta tem aprovação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Com o segundo acelerador linear do Hospital Municipal São José cerca de 150 pacientes serão atendidos por dia.

“Temos hoje mais de 700 pacientes que passaram em tratamento com a primeira máquina. É uma média muito boa já que a média nacional são de 600 pacientes. Então, aqui em Joinville, temos uma alta produtividade desse equipamento. O tempo médio de tratamento tem sido em torno de 19 dias, ou seja, o paciente em menos de um mês termina todo seu tratamento. Com mais conforto, menor toxicidade e a gente não observa mais aquelas reações de pele que se observava nas máquinas mais antigas”, explica o médico radioncologista do São José, Leonardo Vieira Polli.

“A partir do funcionamento do segundo, em parceria com o primeiro acelerador, o centro de radioterapia do São José vai se tornar um dos mais modernos do país, no padrão SUS. O investimento traz mais eficácia e efetividade em tratamentos e é capaz de realizar até radio-cirurgias de alta complexidade e minimamente invasivas”, avalia o diretor-presidente do Hospital São José, Arnoldo Boege Junior.

Também houve investimentos em um sistema de climatização de última geração, que ajuda a manter a temperatura e a umidade das salas de tratamento, além de resfriar os aceleradores lineares, garantindo um ambiente seguro e confortável para os pacientes e equipe.

Investimento de R$ 20 milhões para aquisição dos equipamentos e adequação do espaço

O conjunto completo inclui ainda estações de trabalho com softwares avançados, essenciais para o planejamento, gerenciamento e verificação das doses aplicadas aos pacientes, garantindo precisão nos tratamentos. As aquisições dos dois aparelhos representaram um investimento de R$ 16 milhões (R$ 14 milhões do Governo Federal, por meio de indicação direta da então deputada federal Carmen Zanoto junto ao Ministério da Saúde). A Prefeitura tem uma contrapartida de R$ 2,5 milhões além de um investimento de R$ 1,5 milhões nas obras de adequação do espaço.

A estrutura de sala tipo Bunker, com paredes de concreto de alta densidade com mais de 1,5 m de espessura, garante segurança máxima para todos os envolvidos. O espaço contempla também uma unidade de tomografia estilo Big Bore, para o planejamento dos tratamentos de radioterapia, consultório médico e ala de quimioterapia.

“Joinville atende não só o município, mas uma macrorregião no atendimento oncológico. É muito gratificante, é mais qualidade para a nossa população que necessita desse atendimento oncológico. Os equipamentos otimizam as vagas, e especialmente o tratamento mantém paciente com menos sofrimento”, avalia a secretária de Saúde de Santa Catarina, Carmem Zanotto.

Rapidez no tratamento e confiança na cura

Uma das pacientes que está fazendo tratamento com o primeiro acelerador linear entregue é a técnica em enfermagem Juliana Roepke, de 36 anos. Ela descobriu no ano passado um câncer no colo de útero e fez cirurgia de retirada do órgão no São José. Na continuidade do tratamento de Juliana, os médicos descobriram que o câncer tinha atingido também a bexiga. Agora, todos os dias, de segunda a sexta, a paciente realiza a radioterapia no novo equipamento.

“Eu não sinto dor, apenas cansaço. É bem rápido, em torno de sete minutos na máquina. Se não tivesse aqui, seria muito difícil pra mim. Tenho fé em Deus que vou ficar curada”, diz Juliana.

O câncer é uma das grandes causas de mortes no país e as estatísticas mostram que os números devem aumentar. “Nós estamos preparados de antemão a enfrentar essa batalha e para tratar nossos pacientes”, conclui o médico Leandro Vieira Polli.

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