Mesmo com a previsão de dias com temperaturas mais amenas, a Secretaria da Saúde de Joinville reforça que os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti devem ser mantidos por toda a população.
Isso porque, com as temperaturas mais baixas, a circulação do mosquito pode diminuir, mas não deixa de existir. Além disso, os ovos depositados em criadouros podem resistir por mais de um ano e eclodir na presença de condições climáticas favoráveis (chuva e calor), reiniciando o ciclo de vida do mosquito.
Há outras dúvidas relacionadas principalmente sobre os hábitos do mosquito. O Aedes aegypti coloca os ovos em água parada e limpa, por isso rios e córregos não são locais propícios para a proliferação.
Entretanto, lixo como embalagens, potes, garrafas ou outros recipientes e pneus descartados nas margens de rios e córregos podem acumular água limpa e se tornar criadouros do mosquito. Em Joinville, o LIRAa, que é um levantamento feito seguindo os critérios do Ministério da Saúde, mostra que a maior parte dos focos do mosquito estão nas residências.
Desta forma, a maneira mais eficiente de combater a dengue é eliminar os possíveis criadouros. Vale lembrar que os potes de alimentos de animais devem ser bem escovados na hora de higienização. Já os pratinhos embaixo das plantas devem ser evitados, ou preenchidos com areia até a borda. Locais como calhas, ralos e caixas de passagem devem ser protegidas com tela.
Embora o voo do mosquito seja baixo, cerca de 1,5 metro de altura, ele pode ser levado para locais mais altos com a ajuda do vento ou, até mesmo, ao pousar em roupas e outros objetos. Por isso, não é verdadeira a afirmação que em locais altos não é necessário se preocupar com a dengue.
No Brasil, há quatro sorotipos do vírus da dengue, sendo que dois deles circulam em Joinville. Ao contrair a dengue, a pessoa fica imunizada permanentemente para aquele tipo, mas não para os outros. As formas mais graves da doença podem se manifestar tanto na primeira infecção como, também, na reincidência da doença.
Tire dúvidas sobre o tratamento da dengue
– Nenhum medicamento cura a dengue, eles são usados para amenizar os sintomas: Não existe nenhum antiviral que cure a dengue. Quando a pessoa é diagnosticada com a doença, os sintomas como dores musculares podem ser tratados com analgésicos como paracetamol ou dipirona, na dose recomendada pelo médico. Por outro lado, deve-se evitar o uso de medicamentos como ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios como diclofenaco, nimesulida e cetoprofeno.
– Hidratação é essencial no tratamento: A hidratação é fundamental para o tratamento da doença e, por isso, é recomendável para adultos a ingestão entre 5 e 6 litros de líquidos como água, água de coco, chás naturais e o soro caseiro. A dengue causa saída de água de dentro dos vasos sanguíneos para outras partes do organismo, podendo causar queda de pressão, líquido no pulmão ou abdômen, bem como sobrecarga nos rins. A desidratação pode levar o paciente à morte.
– Sinais que a doença está se agravando: Antes chamada de dengue hemorrágica, hoje os médicos denominam os casos que exigem atenção extrema como dengue grave. Os sinais que indicam que o paciente pode ter o quadro de saúde agravado são dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramentos (mesmo aqueles pequenos no nariz e gengiva, ou no caso das mulheres, menstruação fora do ciclo normal). Nestes casos, o paciente deve procurar atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPAs ou PA).