A educação que transforma olhares, o combate ao racismo e ao preconceito são os eixos estruturantes do 9º Seminário Municipal de Educação para Promoção da Igualdade Racial, que teve abertura oficial na noite de terça-feira (21/3) no auditório da Faculdade Senac. O evento é voltado para os profissionais da educação e tem como um dos objetivos debater e desenvolver ações para combater a discriminação nas escolas, CEIs e na comunidade.
Durante a primeira noite de evento, os participantes puderam conhecer trabalhos realizados pela Rede Municipal de Ensino com a temática da educação antirracista em uma exposição no hall do auditório. Houve apresentação musical dos alunos da Escola Municipal Professor João Bernardino da Silveira Júnior e também do projeto “Semeando consciência, conhecendo raízes e colhendo frutos”, do CEI Maria Laura Cardoso Eleotério, que desenvolve ações de combate ao racismo com os alunos.
Segundo o secretário de Educação, Diego Calegari, a temática da promoção da igualdade, inclusão e equidade já tem sido enfatizada em muitos dos trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de Educação.
“Nós acreditamos que uma educação que transforma tem que ser para todos, independentemente de raça, gênero, crença religiosa ou contexto socioeconômico. É uma educação que dá oportunidades para todas as crianças atingirem o máximo do seu potencial”, explica.
A atração principal da abertura foi a palestra com a professora doutora Eliane Cavalheiro, de Salvador (BA). Ela falou sobre o tema “Racismo e Antirracismo na Educação”, a partir da experiência com estudos e pesquisas ao longo da carreira. A docente tem diversas publicações relacionadas à educação antirracista e atualmente é pesquisadora associada do Centro de Estudos da América Latina da Universidade de Stanford e Conselheira da Imaginable Futures.
Oficinas e palestra fecham a programação
A programação do 9º Seminário Municipal de Educação para Promoção da Igualdade Racial encerra nesta quarta-feira (22/3) com uma série de oficinas desenvolvidas na Univille. Entre elas, estão atividades de danças afro-brasileiras, vivências educativas antirracistas e também práticas de técnicas musicais e manuseio de instrumentos típicos usados pela cultura Guarani, com a presença de indígenas da região Norte do Estado.
O evento terá o fechamento com uma palestra da professora Maria Aparecida Rita Moreira: “A Lei 10.639, 20 anos – desafios e avanços”. A docente aposentada é pós-doutora em educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).