A Praça Bailarina Liselott Trinks representa a simbiose entre duas importantes referências de Joinville: a indústria e a dança. O destaque da praça, localizada entre o cruzamento da Avenida Juscelino Kubitschek com a Rua 9 de Março, é a estátua de uma bailarina em tamanho real.
A modelo para a confecção da peça foi a joinvilense Thaís Diógenes, que em 2011 se formou na Escola do Teatro Bolshoi do Brasil e atuou como solista da Ópera de Kazan, na Rússia.
O monumento está afixado no centro de um espelho d’água cuja superfície tem acabamento de concreto vassourado, ranhuras que conferem uma textura diferenciada, com aspecto artesanal. A Praça tem 481 m² de área e conta com mobiliário urbano com bancos, floreiras, defensas metálicas e iluminação.
A construção deste espaço foi uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada. A Prefeitura de Joinville investiu R$ 405 mil na execução da praça. Já as empresas Fiesc e Senai SC trabalharam na elaboração do monumento.
Tecnologia de ponta para produzir o monumento
A partir do protótipo, o monumento foi confeccionado com a aplicação de tecnologia aditiva a laser, uma espécie de impressão em 3D feita com metal. Considerada de ponta e referência mundial, a tecnologia é aplicada na produção de peças e componentes para indústrias de diferentes setores. Apenas a impressão da estátua, que pesa 300 quilos, foram necessárias 1.690 horas. Até 2024, não havia registro de monumento em área pública feito com esta metodologia em nenhum lugar do mundo.
Além dos detalhes e do realismo dos contornos, o monumento tem sua beleza enaltecida pelo chafariz iluminado que dá forma à saia da bailarina. Para o funcionamento da fonte, um sistema hidráulico exclusivo foi desenvolvido com base nas medidas de altura, circunferência e design da estátua.
A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano (Sepur), foi responsável pela concepção do projeto arquitetônico. Já a Secretaria da Infraestrutura Urbana (Seinfra) desenvolveu os projetos complementares. A Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), por sua vez, também colaborou na concepção do monumento.
O projeto da bailarina foi desenvolvido com a parceria da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Escola do Teatro Bolshoi do Brasil e Senai/SC.
O monumento também tem o patrocínio das empresas Netzsch Proven Excellence, de Pomerode, que desenvolveu o projeto hidráulico do chafariz; e da sueca Höganäs, fornecedora do pó metálico utilizado como matéria-prima, além das empresas Integra Laser e Sew Eurodrive.
Homenagem à precursora da dança em Joinville
Liselott Trinks nasceu em Joinville, em 21 de março de 1914. Estudou na Alemanha e retornou para Joinville já como professora. Em 1958, com a fundação daquela que se tornaria a Sociedade Harmonia Lyra, manteve uma escola de dança e um corpo de bailado.
Em 1965, na Sociedade Ginástica de Joinville, participou da fundação da Escola de Ballet. Em 1974, criou o Festival de Bailados, que precedeu o Festival de Dança. Atuou com dança até o fim dos anos de 1970 e faleceu em maio de 1987.