Hospital Municipal São José celebra os 30 anos do Programa de Residência Médica

Publicada em 12/11/2025 às 17:18
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O Hospital Municipal São José comemorou os 30 anos de implementação do seu Programa de Residência Médica. A cerimônia contou com a presença de médicos formados pelo hospital, profissionais que estão fazendo residência médica na unidade, além de integrantes da diretoria e do atual corpo clínico.

Em suas três décadas de existência, o Programa de Residência Médica do Hospital São José já formou 1.044 médicos.

Atualmente, o hospital oferece dez residências médicas em anestesiologia, cirurgia da mão, cirurgia geral, clínica médica, medicina intensiva, nefrologia, neurologia, ortopedia e traumatologia, ortopedia trauma R4 e patologia.

“O serviço de residência é de suma importância para o funcionamento do Hospital São José. Somos uma unidade de grande porte, que possui várias referências e o serviço de residência, que agora completa 30 anos, faz essa máquina girar, presta atendimento aos pacientes. Devido ao elevado número de atendimentos e de especialidades de residências médicas, o serviço se torna fundamental para que todos os pacientes que necessitam sejam atendidos muito bem”, destaca o diretor-presidente do Hospital Municipal São José, Arnoldo Boege Junior.

Desde 2008, o hospital conta também com o Programa de Residência Odontológica em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.

Homenagens aos coordenadores e aos primeiros formados

Na cerimônia desta terça-feira, foram homenageados os primeiros coordenadores do Programa de Residência Médica: Hercílio Alexandre da Luz Filho (nefrologia), Milton Caldeira Filho (medicina intensiva) e Sérgio José Ferreira (cirurgia geral).

Também receberam homenagens Luciane Mônica Deboni, ex-coordenadora do Programa de Residência Médica em nefrologia, e os primeiros médicos formados na Residência Médica em cirurgia geral, nefrologia e medicina intensiva: Adriano Westphal, Raquel Wanzita, Ceres Fabiana Felski da Silva, Claudiomar Zardo de Oliveira, Eduardo Barbosa Lopes, Giovana Houser e Sérgio Walmir de Araújo.

Início das residências médicas em Joinville

O médico patologista drº Hercílio Fronza Junior participou do processo de instalação do Programa de Residência Médica do Hospital Municipal São José e também de residências médicas anteriores oferecidas em Joinville. Ele relembrou o processo em sua fala.

O médico destacou também o pioneirismo de Joinville na época em que o SUS estava sendo criado, ainda na década de 80. Naquele período, ele e outros profissionais médicos trabalhavam na Secretaria de Bem-Estar Social que agregava os departamentos de Saúde, Assistência Social e Habitação.

“A ideia da primeira residência médica de Joinville surgiu por volta de 1983, 1984, na primeira gestão do prefeito Wittich Freitag. A Saúde era muito pequena na época e nós precisávamos crescer. Já tínhamos a ideia de nos engajarmos no movimento nacional de criação do SUS, que se chamava Ações Integradas de Saúde. Joinville teve uma participação muito ativa nesse processo. Fomos o primeiro município do Brasil a criar o que hoje chamamos de Conselho Municipal de Saúde. Na época, o Rafael de Almeida Magalhães e o Hesio Cordeiro, do Governo Federal, vieram inaugurar o que era o embrião do Conselho. Quem agiu de forma muito importante foi o drº Dario Salles, que era o secretário de Bem-estar de Joinville”, lembra drº Fronza.

Paralelo a esse processo, Joinville enfrentava um desafio que era ter profissionais médicos especializados para atender nas unidades de saúde, pois na época essa assistência era voltada aos hospitais e consultórios.

“Então se criou a ideia da Medicina Geral Comunitária e nós tivemos o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina, pelo Departamento de Clínica Médica, porque nós queríamos que esses médicos tivessem uma formação clínica muito forte. Assim, criamos a Residência de Medicina Geral Comunitária, eu o drº Dirceu Ribas Veiga Júnior, o drº Jackson Stringari e o drº Carlos Eliel Torres. Logo depois surge a residência de anestesia, liderada pelo drº Renato Castro.

Mais tarde, por volta de 1987, quando os médicos Hercílio Fronza Junior e Dario Salles deixam a pasta da Saúde e Fronza vai para o Hospital São José, percebe-se a necessidade de criar dentro do hospital as residências para fortalecer as capacitações e também os atendimentos na unidade.

“Eu encontrei o Clovis Hoepfner, que era um entusiasta em educação médica. Foi assim que começou a tomar corpo a primeira Residência do Hospital São José, que foi justamente em Clínica Médica. Encontramos um personagem chave que foi o drº Luiz Henrique Melo que assumiu a coordenação da residência. A partir daí surgiram outras residências, que foram crescendo e se estabelecendo. Foi esse estabelecimento que nos deu coragem para conversar com a Univille para a criação da faculdade de medicina que coroaria todo esse movimento da criação de residências médicas”, ressalta Fronza.

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