A Águas de Joinville deu andamento à contratação emergencial para aplicação de carvão ativado em pó na Estação de Tratamento de Água (ETA) Cubatão. O objetivo é minimizar a percepção de gosto e odor na água em períodos nos quais o manancial apresenta mais concentração de compostos orgânicos, como em épocas de estiagem, por exemplo. O início da aplicação do carvão ativado na ETA está previsto para a próxima semana.
Para viabilizar este novo processo foram necessários dois contratos: um para a compra do carvão ativado em pó e outro para locação de equipamentos, armazenamento, preparo e dosagem do insumo. O custo do aluguel dos equipamentos será de R$ 491 mil por mês; já o custo de insumos para aplicação do carvão ativado será de R$ 1,34 milhão por mês de aplicação. O carvão ativado em pó será utilizado quando houver o aumento de compostos orgânicos na água do rio Cubatão e seu uso será interrompido quando não for mais necessário.
A partir da aplicação, o prazo para que as pessoas percebam a diferença nas torneiras está atrelado a alguns fatores. “Depende da distância que os moradores estão da ETA Cubatão, da renovação de água nos reservatórios e do consumo da água na residência, para renovação da caixa-d’água”, explica Janine Alano, diretora Operacional da Companhia Águas de Joinville.
Moradores de bairros atendidos pela ETA Cubatão vêm relatando alteração no gosto e odor da água tratada, causada pelo aumento da concentração de compostos naturais no rio Cubatão, não prejudiciais à saúde.
Desde então, a Águas de Joinville reforçou o monitoramento na estação de tratamento, ampliando o número de análises laboratoriais. Assim, a Companhia assegura que a água distribuída permanece própria para consumo, dentro do padrão de potabilidade exigido pelo Ministério da Saúde.
Aplicação do carvão ativado em pó na ETA
Por dia, serão pulverizadas 4,2 toneladas de carvão ativado de forma gradual na água bruta, em uma etapa inicial do processo de tratamento. O carvão irá atrair e reter os compostos orgânicos responsáveis pela alteração nas características da água. Na etapa de decantação, o carvão será totalmente removido, assim como os demais resíduos que se depositam no fundo do tanque. Depois, a água passará pelas etapas de filtração e desinfecção, como é feito normalmente, e então seguirá pelas tubulações para ser distribuída à população.
Foram feitos diversos estudos e testes, além da prospecção de fornecedores, em busca da melhor solução. A aplicação de carvão ativado em pó foi a que se mostrou mais viável técnica e financeiramente. Outras cidades já utilizam este método, como Rio de Janeiro e Porto Alegre.