Com apoio da Secretaria da Saúde de Joinville, usuário do CAPS reencontra família após 10 anos de procura

Publicada em 03/07/2025 às 08:05
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A humanização no atendimento de pacientes está entre as prioridades dos serviços de saúde oferecidos em Joinville. Como consequência desse cuidado, uma família teve a alegria de reencontrar uma pessoa que não via há dez anos e é diagnosticada com esquizofrenia.

Em novembro do ano passado, um homem, que não terá a identidade revelada a pedido da família, foi acolhido pelo Centro de Atenção Psicossocial “Dê Lírios” (CAPS III) de Joinville. Ele vivia em situação de rua e havia sido diagnosticado com esquizofrenia quando jovem. Com o apoio dos profissionais do CAPS III, essa história teve um final comovente, com a localização dos familiares e o tão aguardado retorno do homem para casa.

O trabalho para que pessoas deixem a situação de rua ocorre de maneira integrada entre as diferentes unidades da Prefeitura. Inicialmente, este homem foi atendido em conjunto com o Consultório na Rua, até criar um vínculo com o serviço do CAPS III, frequentando a unidade com mais regularidade, recebendo a oferta de banho, alimentação e de propostas terapêuticas.

Durante as sessões, a equipe do CAPS III buscou entender a história dele e uma revelação surgiu: a vontade de reencontrar a família, que, segundo ele, poderia estar no estado de São Paulo. Foi então que a equipe do CAPS III abraçou a missão de tentar promover o reencontro e, após uma pesquisa, no final de maio, localizou os familiares.

O primeiro contato foi telefônico. A mãe e os irmãos dele, emocionados, disseram que o procuravam há uma década, sem esperanças de que ele ainda estivesse vivo. Em seguida, uma chamada de vídeo com a irmã, com quem ele tinha mais afinidade, foi mais um momento carregado de emoção.

No início de junho, os irmãos viajaram até Joinville para o aguardado abraço presencial, retomando um laço que o tempo não apagou.

“Ver a pessoa com transtorno mental como uma pessoa por inteiro, que tem uma história, desejos e sonhos, isso é atenção psicossocial de verdade”, emociona-se Ester Grunhagen, coordenadora do CAPS III ao relatar toda essa história.

“O que a equipe fez foi enxergar este homem para além de uma doença ou de uma pessoa em situação de rua. A escuta atenta permitiu que a equipe procurasse, por diversas vias, a família dele. Foi muito emocionante, e quando o encontro presencial de fato aconteceu, foi de arrepiar. É gratificante ver o resultado de um trabalho feito com muita dedicação e investimento”, comemora.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foram criados para atender a pessoas com transtornos mentais graves e substituir os manicômios e modelos manicomiais, apostando em um cuidado humanizado e em liberdade.

O Centro de Atenção Psicossocial “Dê Lírios” (CAPS III) é uma unidade de referência da Secretaria da Saúde de Joinville que atua no tratamento para pessoas com transtornos mentais agudos ou crônicos graves. O espaço é focado no atendimento a usuários com necessidade de cuidado intensivo, prestando atendimento nas crises e também na reabilitação psicossocial destas pessoas.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são chamados de porta aberta. Ou seja, toda pessoa que necessite deste serviço pode ir até o local e solicitar atendimento.

Atendimento de pessoa em situação de rua

Em Joinville, a Prefeitura realiza de maneira permanente a campanha “Não dê esmola, ajude de verdade”. O objetivo dessa campanha é mostrar para a população que a cidade possui uma rede com profissionais especializados e preparados para auxiliar pessoas que desejam sair da situação de rua, superando a vulnerabilidade social em que se encontram.

Para que essas pessoas cheguem até as equipes profissionais, é fundamental que eles acessem serviços como a Abordagem Social, que funciona 24 horas todos os dias da semana, o Centro Pop, ou ainda os serviços de saúde, como é o caso do CAPS “Dê Lírios” (CAPS III) ou do CAPS AD (Álcool e Drogas).

O Serviço de Abordagem Social pode ser acionado pelo telefone (47) 3433-3341.

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