Desde o início da campanha de vacinação da gripe, Joinville imunizou 99,1 mil pessoas, alcançando 35,16% de cobertura vacinal entre o público-alvo da campanha, neste ano. Combinada à estratégia de imunização da população, é preciso também estar atento às práticas de saúde e higiene adequadas e os riscos desta época do ano, quando as baixas temperaturas contribuem para a maior contaminação pelo vírus e podem vir a causar complicações graves da doença.
Disponível para todos os públicos, a vacinação é a maneira mais eficaz de conter o avanço da influenza, uma infecção viral respiratória altamente contagiosa que afeta milhões de pessoas em todo o planeta. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5% a 10% da população mundial pode estar infectada pelo vírus neste momento.
Historicamente, as campanhas coordenadas de vacinação da gripe iniciaram em âmbito nacional em 1999, mas nem sempre foram destinadas a toda população. Inicialmente, eram dirigidas a pessoas de 65 anos ou mais, ampliando nos anos seguintes para a faixa etária de 60 a 64 anos. De lá para cá, a vacina da gripe passou a integrar o calendário de vacinas em todo o Brasil, com a ampliação gradual dos grupos prioritários e também abrangendo, em algumas campanhas, toda a população, como é o caso deste ano.
A ampliação busca atuar de forma preventiva, reduzindo os números de internações e, principalmente, protegendo os grupos mais suscetíveis a desenvolver níveis graves da doença, como crianças, idosos e gestantes.
“O benefício mais direto da vacinação é a proteção contra a infecção pelos vírus da gripe, que podem causar desde sintomas leves até doenças respiratórias graves e agravamento de condições crônicas de saúde”, alerta Nicoli dos Anjos. “De forma coletiva, quando nos vacinamos reduzimos a possibilidade do vírus circular e, consequentemente, protegemos o restante da população que não está vacinada”, explica Nicoli dos Anjos, coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde de Joinville
Menor taxa de vacinação impacta em casos mais graves de síndromes respiratórias
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma condição grave que compromete as vias respiratórias, gerando dificuldade ao respirar e lesões nos alvéolos pulmonares. Normalmente, é uma evolução natural de casos mais graves de influenza.
Em Joinville, segundo dados da Vigilância Epidemiológica de Joinville, dos pacientes moradores do município internados neste ano em hospitais da cidade por SRAG, 79% deles não foram vacinados contra a gripe na campanha anterior, um índice que reflete a menor procura da população pela vacina.
De acordo com um levantamento dos últimos dez anos da vacinação contra a gripe em Joinville, em 2015, 81% do público-alvo da campanha havia se vacinado, com um pico na cobertura vacinal de 95% em 2016. Em 2024, a cobertura ficou em 45%. No ano anterior, 2023, apenas 32% do público-alvo foi imunizado.
“Uma vacinação em massa gera menor carga sobre o Sistema de Saúde, pois uma população amplamente vacinada significa menos casos de gripe no geral, resultando em menor pressão sobre hospitais, Unidades de Pronto Atendimento e Unidades Básicas de Saúde, liberando recursos para outras necessidades”, argumenta a coordenadora.
Vírus respiratórios, como os vírus Influenza, SARS-CoV-2, Rinovírus e VSR estão associados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Durante os meses de outono e inverno é comum observar um crescimento no números de infecções respiratórias causadas por eles.
Vacina disponível nas UBSFs
A vacina da gripe segue disponível durante toda a semana em todas as Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) de Joinville, com exceção da UBSF Jativoca e, durante o mês de maio, algumas unidades abrem aos sábados. As UBSFs e a Sala de Vacinas Central funcionam de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados e pontos facultativos. A orientação é chegar ao local pelo menos meia hora antes do fechamento e não é necessário agendar. Os endereços e horários de atendimento estão disponíveis no site da Prefeitura (bit.ly/UBSFJoinville).